quinta-feira, 8 de abril de 2010

SUSTENTABILIDADE

SUSTENTABILIDADE

Esse fato irá ocorrer quando as sociedades se propuserem a mudar suas concepções de progresso e de desenvolvimento econômico e os seus agentes passarem a pressionar o poder público e suas instituições, para que se implantem políticas sociais que busquem reduzir as desigualdades de classes; para que as riquezas geradas por suas nações sejam revertidas em uma distribuição de renda justa, que combata a concentração de renda, levando-a a diminuir progressivamente; que se instituam programas de geração de empregos, para que todos os indivíduos, membros dessas sociedades, tenham condições de se sustentarem e sustentarem suas famílias, proporcionando a todos os seus membros uma vida descente; que se tenha políticas de redução das desigualdades regionais, intra e entre os países, para assim, combaterem as imigrações e emigrações, evitando as explosões demográficas, que além de provocarem problemas sócio-econômicos, também causam transtornos ao meio ambiente, com altas taxas de exploração de seus recursos naturais e também a poluição; o esgotamento de recursos naturais e a degradação do meio ambiente.
Na verdade, para que se consiga um desenvolvimento econômico sustentável que contemple a ética e promova a cidadania para todos os indivíduos, só vai ser possível se as sociedades capitalistas abandonarem a concepção genuinamente antropocêntrica, e se voltarem para os modelos de desenvolvimento sustentáveis, e como citou Barbieri (1997) “A nova maneira de perceber as soluções para os problemas globais não é uma visão ecológica restrita, limitando-se apenas à degradação do ambiente físico e biológico, mas sim incorporando dimensões sociais, políticas e culturais, como a pobreza e a exclusão social”. Nessa ótica a sustentabilidade dos recursos naturais depende de como eles são explorados o que, por sua vez, depende das ações políticas, econômicas, sociais, educacionais e culturais que determinam como a sociedade usufrui deles, ou melhor, do tipo de desenvolvimento praticado”.
O homem não pode mais fechar os olhos para a necessidade de se passar a explorar os recursos naturais com mais racionalidade; de frear o consumismo exagerado; de se buscar novas alternativas para substituir ou diminuir drasticamente o consumo de recursos naturais não renováveis e de promover uma cultura pautada no respeito aos sistemas e aos fenômenos naturais, bem como a promoção de uma boa qualidade de vida em nosso planeta para todos os seres, inclusive para o próprio ser humano.

José Jailson da Cunha Caraú
Professor de História da E.E.Prof. Francisco Veras.
Especialista em "República do Brasil".

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